A alfabetização ainda se configura como um dos graves problemas do Brasil, visto que grande parte da população brasileira não tem se apropriado da linguagem escrita. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD, 2023), existem 9,3 milhões de analfabetos, dos quais 11,2% estão concentrados na região Nordeste. O Maranhão está em quarto lugar no território brasileiro com a maior taxa de analfabetismo, o que significa que 15% de sua população, com mais de 15 anos de idade, não sabe ler, nem escrever (IBGE, 2022).
Diante dessa realidade, a Fundação Sousândrade em ação conjunta com o Departamento de Educação I, do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Maranhão, desenvolve, desde 2016, um projeto de extensão com o objetivo de alfabetizar crianças que estão com dificuldades em leitura e escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Hoje, Dia Mundial da Alfabetização, a FSADU recebeu na Casa de Santaninha, onde é desenvolvido o Programa de Atenção Social Sousândrade (PASS), familiares de cinco instituições comunitárias localizadas no Núcleo Centro e Coroadinho e a técnica da Secretaria Adjunta de Assuntos Comunitários (SACOM), para a retomada do Projeto de Extensão “Entrelinhas: Alfabetização Dialógica”, coordenado pelas professoras doutoras Edith Ferreira e Joelma Reis, do curso de Pedagogia da UFMA. Serão atendidas, a partir do dia 18 de novembro, quarenta crianças, matriculadas nos anos iniciais do Ensino Fundamental, no contra turno escolar, que ainda não se apropriaram da leitura e escrita. “Sustentada na perspectiva de uma alfabetização humanizadora, o Projeto fundamenta-se em pressupostos teórico-metodológicos que ensinam os atos culturais de leitura e escrita, portanto, afasta-se das propostas tradicionais que priorizam em atividades mecânicas de ler e escrever cujo foco limita-se à relação letra e som.”, afirmam as coordenadoras.